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A ética, a religião e o “Corinthianismo”.

A novel campanha de marketing denominada “CORINTHIANISMO” está longe de ser uma unanimidade. Futebol e religião não deveriam se misturar, ao menos não de maneira tão grosseira.

 

Os profissionais de marketing estão sempre às voltas com questões éticas, principalmente no que diz respeito à propaganda.
Se de um lado existe um mercado livre, do outro não podemos nos esquecer da responsabilidade social do profissional de comunicação.

 

Luis Paulo Rosenberg continua acuado, recebendo críticas de todos os lados. É o famoso BODE EXPIATÓRIO, termo que, aliás, tem tudo a ver com o MÍSTICO conceito explorado na propaganda. O bode é um animal que era apartado do rebanho e deixado só na natureza selvagem como parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da EXPIAÇÃO, na época do Templo de Jerusalém. Hodiernamente, é uma expressão usada para definir uma pessoa sobre a qual recaem as culpas alheias. Esse é o caso! Ninguém se lembra da responsabilidade TOTAL do presidente Andrés Sanchez, pois o sistema é presidencialista, de tal modo a ocupar o degrau mais alto na hierarquia do clube e, consequentemente, ostentar o poder de anuência ou veto.

 

A nação corinthiana é formada por católicos, evangélicos, espíritas, judeus, islâmicos, dentre outros credos, sendo certo que o uso de imagens invadindo a delicada seara da religião pode ocasionar questionamentos desnecessários.

 

Cena do filme ‘Corinthianismo”, da campanha de marketing de mesmo nome. Imagem polêmica de homem pendurado na trave de um gol faz alusão à crucificação de Jesus Cristo.

 

Os conselheiros da Frente Liberdade Corinthiana lamentam e repudiam profundamente a ação de marketing ora questionada; eis que foi deixado de lado o foco principal, qual seja, o Futebol.

 

Durante uma partida de futebol e dentro de uma linguagem universal, pregamos respeito aos torcedores, mormente para que exerçam a fé de acordo com as suas convicções e credo, e não para que tenham suas crenças atacadas por meros interesses comerciais. Invocando as imagens sobrenaturais da campanha, o diretor de marketing e o presidente da diretoria provavelmente pretendem que algum MILAGRE tire o departamento da mesmice.
Só pode ser!

 

Infelizmente, a homenagem feita no vídeo a craques tão importantes do passado acabou submersa na ideia mirabolante de igualar assuntos tão distantes.

 

Nesse contexto tormentoso, afigura-se ainda mais herético mesclar a figura de Jesus Cristo com o futebol. É injusto. É apelativo. É desconhecer a história. E associar a figura de Cristo ao ambiente sem ética de uma diretoria ligada a inúmeros escândalos é ridículo. É uma grande mentira.

 

Resumindo, estamos diante de mais um tiro no pé do combalido departamento de marketing corinthiano. Tivesse utilizado apenas a imagem do padroeiro oficial do Clube (São Jorge), poderia ter acertado. Ousou demasiado e errou na mesma proporção.

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