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A REPRESENTATIVIDADE DA MULHER NO CORINTHIANS – ENTREVISTA COM SUSY MIRANDA

Susy Miranda, a voz feminina da Chapa 21 - Frente Liberdade Corinthiana

A representatividade feminina no Corinthians está muito aquém do que as mulheres efetivamente representam no Clube. Mais da metade da Fiel torcida e boa parte do quadro associativo do Corinthians são compostos por mulheres, mas essa parcela está sub-representada no sistema político vigente e nos processos decisórios.

Só teremos um Corinthians justo, igualitário e democrático quando todos os associados puderem participar dos processos de decisão. Hoje, infelizmente, a política que decide os destinos do Clube é majoritariamente ocupada por homens. A CHAPA 21 – FRENTE LIBERDADE CORINTHIANA busca reverter essa situação e tem na candidata ao Conselho Deliberativo, Susy Miranda, sua principal inspiração e voz para defender a bandeira da igualdade de gênero no Clube.

Susy conheceu o Parque São Jorge ainda criança, quando realizava piqueniques com a família sob as árvores da sede social. Seu pai jogava polo aquático no Clube e sua mãe foi amiga da saudosa Marlene Matheus, primeira e única mulher a presidir o Corinthians. Na adolescência, a candidata da CHAPA 21 chegou a treinar na equipe de vôlei do Timão, mas foi depois de se tornar mãe que ela passou a frequentar novamente o Clube, onde ensinou o filho pequeno a amar o Corinthians, a nadar e a andar de bicicleta, três coisas que não se esquecem, e que eles guardam com muito carinho nas lembranças da família. Anos mais tarde, com o filho já criado e a vida estabelecida, Susy Miranda passou a se interessar pela política do Clube. Identificada com a oposição, mas ainda não aceita nos grupos políticos, ela precisou contar com a ajuda do namorado, Maurício Nale, para ser admitida. A partir de então, Susy integrou o movimento pelo fim do “chapão” e trabalhou ostensivamente na equipe de apoio das três últimas campanhas dos candidatos à presidência do clube pela oposição. Em entrevista, ela detalha a experiência de ser mulher neste universo predominantemente masculino e reafirma a importância da representatividade feminina para a democracia no Parque São Jorge. 

 

LIBERDADE CORINTHIANA: Nos últimos anos, o Brasil tem assistido a uma progressão no debate político em torno das questões femininas. No Corinthians, não é diferente. Você acredita que é preciso mais lideranças mulheres na política do Clube?

Susy Miranda: Para conseguir a igualdade de gênero, é preciso que outra geração tome o poder. Esta, que é cria dos anos 1950, 1960 e 1970, não está evoluída intelectualmente para aceitar a opinião da mulher no Corinthians. Não adianta colocá-las em cargos de diretoria se a sua opinião nunca é levada em conta. Eu acredito que nos próximos anos, nada irá mudar em relação a nós mulheres, mesmo porque existe a falta de interesse das mesmas nas questões político-sociais do clube.

 

LIBERDADE CORINTHIANA: Quais medidas incentivam a participação de mulheres na política do Clube? O que a candidata e a Chapa 21 – Frente Liberdade Corinthiana pretendem fazer para melhorar a representatividade feminina no Corinthians?

Susy Miranda: Para incentivar a participação feminina, primeiramente é preciso que se faça uma alteração estatutária efetiva, permitindo que o dependente da matrícula com final 01 tenha direito a voto. Hoje, somente o titular, com final 00 na carteira de sócio, pode votar. Assim sendo, só  a sua vontade conta. Mas o problema é que  a grande maioria desse contingente de final 01, pertencente ao sexo feminino, em época de eleição, ninguém dá ouvidos a essas dependentes do título. Nesta gestão, a única chapa que propôs a alteração  dessa cláusula foram os conselheiros da Frente Liberdade Corinthiana – Chapa 21. Todos os outros participantes da comissão de reforma estatutária disseram não. Sem voz, não  tem como incentivar a participação feminina. As associadas do clube têm opiniões por vezes divergentes dos titulares da matrícula, que possuem exclusivamente o direito à escolha dos dirigentes. Então, a princípio, é preciso igualar o direito ao voto. E isso os conselheiros da Chapa 21 pretendem levar adiante novamente, propondo  a alteração no estatuto que dará o direito a voto do dependente da matrícula com final 01. Só assim as mulheres terão interesse real em participar das decisões políticas do clube, do qual elas vivem o dia a dia. Como conselheira, pretendo tecer alianças entre os conselheiros eleitos de outras chapas para levar a êxito essa alteração fundamental para empoderar o público feminino. É inconcebível que em pleno século 21, a sócia-dependente não tenha o direito democrático ao voto numa instituição do tamanho do Corinthians.

 

LIBERDADE CORINTHIANA: Como uma das poucas mulheres que participam do processo eleitoral e se candidatam a cargos eletivos no Clube, você já se sentiu agredida ou diminuída pelo simples fato de ser mulher?

Susy Miranda: Agredida não, diminuída sempre. Nunca sou convidada para reuniões, almoços ou jantares. Em rodas de conversa, muitas vezes sou excluída. Dão de ombros. Tem candidato de outras chapas que é capaz de vir à nossa mesa, cumprimentar todos os homens, e pular a minha vez, como se eu fosse invisível. Sendo mulher, inserida na política do Parque São Jorge, tudo é mais difícil. Muitos grupos políticos no WhatsApp não me aceitam. Existem também as confrarias, onde a política ferve, mas mulheres não são admitidas. São reuniões onde se armam estratégias e alianças, mas mulher não entra. As informações dos bastidores políticos chegam a conta-gotas. Nesse meio, não me sinto tratada como igual. Tenho que fincar minha posição na marra mesmo. Muitas mulheres desistem desse mundo por conta da discriminação.

 

LIBERDADE CORINTHIANA: Em sua opinião, o que pode ser melhorado no Clube social? Quais as propostas da CHAPA 21 – FRENTE LIBERDADE CORINTHIANA para tornar o Corinthians mais atrativo para antigos e novos associados?

Susy Miranda: O Clube social não acolhe a mulher sozinha. Existem pouquíssimas opções de entretenimento para nós. Falta um espaço de convivência. Todos os candidatos prometem fazer alguma coisa, mas depois de eleitos, deixam o projeto de lado. O Departamento Feminino passou essa gestão quase toda fechado, sob o pretexto de uma interminável reforma. Mas o ponto é que o conselheiro não tem poder de execução, apenas de fiscalização dos atos administrativos. O que a nossa Chapa 21 – Frente Liberdade Corinthiana pode fazer é  modernizar o estatuto do Clube, a fim de torná-lo mais atraente a todos. Nesta gestão, foi eleita uma vice-presidente mulher, porém sua participação na vida social do clube foi quase nula. Nós não sentimos essa representatividade em nenhum momento. A tão propalada “força da mulher” ficou restrita a um folder de campanha.  O que de fato daria mais força para nós, mulheres,  seria a  alteração do estatuto, que daria direito e voz às mulheres dependentes no título, que muitas vezes têm opiniões políticas divergentes do titular, mas são obrigadas a se calar, pois não existe nenhuma possibilidade de fazer valer a sua vontade.

 

LIBERDADE CORINTHIANA: Vale destacar ainda que, mesmo com a importância das iniciativas citadas pela candidata na entrevista, estas não se configuram como meio e fins únicos para a viabilização de mais mulheres na política corinthiana. Para isso, é necessário que os associados, conselheiros e dirigentes se comprometam com uma agenda mais igualitária e que a assembleia geral consiga estimular e, principalmente, exigir uma mudança nesse cenário. E para levar adiante a luta por um Corinthians mais igualitário, com oportunidades iguais para homens e mulheres, o voto do Associado na CHAPA 21 – FRENTE LIBERDADE CORINTHIANA para o Conselho Deliberativo é fundamental.

 

LIBERDADE CORINTHIANA – CHAPA 21
“Só a Verdade libertará o Corinthians!”

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